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SNTNELA

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Sapato velho

15.09.17 sntnela Vivian Barbosa

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E pensar que estávamos sempre juntos,

me tiveste sempre aos teu pés,

e confesso que não reclamava,

para mim o importante era ser o único,

os maltratos eu ignorava,

mas o tempo passou,

já não tinha importância para você,

e como um sapato velho,

sujo e maltratado deixaste me de lado,

seguiste em frente, enquanto eu fiquei aqui,

sem estrutura alguma para continuar,

fui sempre tão dependente de ti,

que não soube recomeçar,

a vida ensinou me a duras penas,

que fui aquilo que me limitei a ser,

procuro a quem eu possa servir,

uns pés descalços,

que precisem ser aquecidos,

e que cuide de mim,

como eu nunca soube cuidar. 

 

Dá-me tempo

13.09.17 sntnela Vivian Barbosa

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Estou um pouco atrasado,

não tente me apressar,

cada um têm o seu tempo,

o meu é devagar.

 

Não sei fazer rápido,

queria, mas não chego lá,

quando me apresso me atraso,

não vou onde quero chegar.

 

Sigo em passos lentos,

primeiro quero aprender,

quando aprendo, passou o tempo,

o tempo de fazer.

 

O relógio não para,

o mundo sempre a girar,

a minha vida resume,

a sempre recomeçar,

sem nunca acabar,

dá-me tempo.

 

Está aí alguém?

02.09.17 sntnela Vivian Barbosa

Está aí alguém?-314481_1280.jpg

 

A vida e os seus misteriosos acontecimentos, quantas vezes nos questionamos do porque das coisas, a  ciência poderá explicar tudo? ou um poder supremo além da nossa compreensão? imaginação ou realidade? fato é que sonhamos com lugares, coisas, até mesmo pessoas que acreditamos nunca ter visto, flashes de memoria ou visões inexplicáveis? e o que dizer dos sonhos maus que parecem tão reais, onde parecemos estar em um filme de terror, e quase sempre acordamos na mesma posição em que estávamos no pesadelo, mistérios que acontecem quando estamos inconscientes, e quando estamos bem acordados? o medo ou a loucura pode nos causar alucinações, ver coisas onde elas não existem, mas e quando estamos no nosso juízo perfeito? as vezes estamos distraídos e ouvimos alguém a chamar em alto e bom som pelo nosso nome, muitas vezes uma voz conhecida, e não há ninguém, ou vemos pela visão periférica um vulto a passar e quando olhamos, lembramos que estamos sozinhos, será que estamos mesmo sozinhos? sinto um arrepio, estremece me o corpo, um calafrio vindo do nada, o medo começa tomar conta do meu ser oiço barulhos que me assustam, e pergunto quase sem voz, está aí alguém?